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'Samba de São Lázaro': organizadores apresentam propostas e evento segue suspenso

Evento que acontece às sextas-feiras, em frente à Igreja de São Lázaro, pode ser encerrado após denúncias. Organização aponta "perseguição". Samba de ...

'Samba de São Lázaro': organizadores apresentam propostas e evento segue suspenso
'Samba de São Lázaro': organizadores apresentam propostas e evento segue suspenso (Foto: Reprodução)

Evento que acontece às sextas-feiras, em frente à Igreja de São Lázaro, pode ser encerrado após denúncias. Organização aponta "perseguição". Samba de São Lázaro, em Salvador Reprodução/Redes Sociais Após anunciar o fim do "Samba de São Lázaro" nas redes sociais, a organização do evento informou ao g1 que fez uma reunião nesta terça-feira (26), para decidir o futuro da festa, e o samba segue suspenso. A reunião foi promovida entre os organizadores da festa, integrantes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), Polícia Militar, Transalvador, vereadores de Salvador e moradores da região. A organização apresentou propostas e a situação ficou sob análise. Gratuito, o samba acontece às sextas-feiras, no Largo da Igreja de São Lázaro, no bairro da Federação. Em nota compartilhada no Instagram, no sábado (23), os organizadores destacaram o preconceito em torno do evento. "Mais uma vez, isso é a prova que o sistema venceu o povo através das suas manobras e articulações genocidas para exterminar tudo aquilo que venha a ser feito pelo povo", diz um trecho do texto. Ao g1, os administradores da página disseram que o samba tem sido alvo de "grande perseguição". Eles apontam que um vereador teria feito denúncias contra a realização da festa, sob o argumento de que atrapalha o descanso dos moradores, e desde então tem ocorrido batidas policiais, reboque de carros e aplicação de "multas abusivas" entre outros problemas. "Com essa perseguição, os barraqueiros estão sendo muito prejudicados, pois a vendagem caiu", explicam. O objetivo dos produtores é chamar atenção das secretarias de Cultura, Turismo e até da ministra da Cultura, Margareth Menezes, para que consigam realizar a festa sem problemas. No comunicado, a equipe responsável pelo samba também agradeceu ao público que apoiou o evento ao longo de "três anos ininterruptos". "Mostramos através do Samba do São Lázaro que nós não precisamos deles para nada e isso deixou eles furiosos. Quando o povo souber o tamanho da sua força, nunca existirá nenhum tipo de injustiça e opressão", acrescentam em outro trecho da nota. Em uma série de publicações, os organizadores compartilharam ainda críticas à gestão municipal e às autoridades, cobrando valorização e espaço para a continuidade do evento. Eles também divulgaram um abaixo-assinado para colher assinaturas e encaminhar ao poder público. Em nota enviada ao g1, a Prefeitura de Salvador, através da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), informou que "reconhece a importância e a relevância" do evento e se coloca à disposição "para mediar os interesses e as possibilidades com os órgãos envolvidos, para que seja alcançada uma solução que garanta a preservação da manifestação popular". A administração ressaltou ainda o interesse em manter também "o respeito à regulamentação e ao ordenamento público vigente no município". Poluição sonora e outras denúncias No início do mês, o samba passou por uma mudança de horário após denúncias de moradores por conta de poluição sonora, frequentes engarrafamentos e urina na porta de condomínios. Com isso, a festa que antes começava às 22h e seguia pela madrugada, passou a acontecer entre 19h e 22h. Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻